Voz

by Acróstica

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1.
Vontade de força a transbordar em minha existência Em voga desprezar, odiar em meu tribunal Raiva me entrego a propagar, é minha incumbência Vivo em prol do meu vazio até o final É minha missão plantar veneno pra colher o caos Sufrágio em erosão, liberdade a custo de tudo mais Eu: soldado e zangão, meu favo: meu pensar Meu mel: a convicção, dividir, conquistar Por pertencimento, por um desejo tão nato de não me sentir só Raiva e tormento passo a cultivar em nome de algo maior Ou mostro o silêncio na esperança de encontrar paz, ou brado uma guerra por mais Palavras ao vento adornam um epitáfio de lamento, rezo pra não ser o meu Obras de uma turba em frenesi Sombras de um castelo que se nega a ruir Ira concentrada a ebulir Trovas violentas ecoam Ouço em devoção todo aquele que à minha fé satisfaz Endosso a omissão quando o ímpio ao meu lado se traz Sem chance e sem perdão o alvo destroçar Uma voz pede em vão pra sua dor cessar Amarras criadas por vozes ocultas na minha sombra que me segue pra onde eu for Salvaguardadas num grupelho de repulsa e ódio a se expor Mas haverá volta quando menos esperar Aflorará traição, ciclo sem remição Como fugir desta sina que virá? Unidade falsa a implodir Larvas que consomem os frágeis corpos de si Armas pela supremacia Sondam solos em que apenas cinzas vão restar
2.
Olá! Me chamo desprezo, irmão da solidão Revelo o caminho de volta à sua prisão Benção e maldição no peso que está a carregar Errando por se colocar no lugar do outro Árvores fracas de raízes em seu solo a rasar Onde o vento e o tempo as varrerão Marés passadas: as memórias voltam a me assombrar Em frente sigo olhando pra trás Um mundo inteiro em minhas mãos, vão fulgor Algo passageiro, em corrosão, sem valor Laços tão vitais, a única luz a se buscar Como tão banais e fracos foram se tornar? Aparentar mais que ser, ser mais um pária a invejar Navegar em meio a tempestades em busca de ilusão Caos veio a florescer, confusão em minha mente: onde encontrar meu ser? Entre o vício e o saber jazerão laços pelo caminho Laços podem morrer em nome dos zeros e uns que estão a me mover Antes de perceber, o mundo em minhas mãos, mas sozinho Culpar a voz a me guiar na escuridão, não assumir a parte que me torna réu Ordem atroz, carma a cobrar o seu cumprir, como voltar no tempo e me redimir? Será que ainda há tempo de recobrar laços que usei como escadas pra um fim? Instintivamente, modos que me trazem ruína torno a repetir Nem busca por redenção pode frear a minha natureza Ambição e avareza me fazem usar o próximo ao meu bel prazer Lavo minh'alma e a espalho na imundície uma milésima vez Com paz e calma, construo uma trilha de mentiras com pura altivez Adeus! Fui seu último laço que escolheu negar Negar diferenças, solidão buscar Câncer da própria existência, com ódio em vazão Até uma próxima vez, caso encontrar redenção Vários fantasmas me assombrando quando vou me deitar Ecos dos tempos de compreensão Ilhas-miasmas: nossos lares até o mundo acordar Sempre abundando de intenções más
3.
Zelar por faces que eu nunca vi, mas me acolhem aqui Esse lugar onde só vão me ouvir se abraçar o uníssono Reis sem face se põem a me guiar O desprezo e apatia fazem eu me curvar Usar o próximo ao meu bel prazer até o seu perecer Mesmo que o fardo chegue a me esmagar, vale o preço de me cegar Entre o fardo e a promessa de mais Afeição à feição oculta, deixo tudo pra trás Deserto de solidão que faz eu me esvaziar Encher-me da tentação de ressentir, odiar Respirar a cada dia mais se torna castigo Isentar eu mesmo da culpa eu já não consigo Verdades tão falsas que me ponho a acreditar Aceitam-me como sou enquanto me entregar Dói estar no mar sem nem ter direção Onde buscar um sinal pra me encontrar? Parto-me em dois pra curar a solidão Onde achar um farol pra me iluminar? Nada pode me moldar, o que sou e o que fui só a mim pertence Tantos cegos a vagar, estendem a mão pra afundar o tolo que não vence Ouço daqui pra frente só minha voz Foda-se toda essa porra, caralho! Lados que concordam só em um foder o outro Um bando de pau no cu, que se afoguem na fossa que cavaram Tanta regra para vomitar, só pose de foda num bando de Zé buceta Um estado de guerra a escalar, mas com um a menos, que eu desisto dessa porra Ave, perversão! Salve egoísmo, salve ambição! Ninguém em meu cair me deu a mão Tardou pro perdão, cada um por si, que se foda a união Essa porra é uma zona, caralho!

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released November 5, 2022

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Acróstica Diadema, Brazil

Symphonic metal band from Diadema (São Paulo, Brazil).

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